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Trabalhador em fábrica da Schincario |
Os nomes das três empresas são mantidos sob sigilo, mas pelo menos uma delas prevê uma fábrica na região entre Dias D'Avila e Alagoinhas para aproveitar um dos grandes trunfos que a Bahia tem para a atração de empresas do ramo: o lençol freático de São Sebastião. A água de boa qualidade que brota do subsolo da região foi um dos principais atrativos para a instalação da fábrica da Schincariol em Alagoinhas, em 1997. Em 2010, a empresa anunciou uma ampliação de R$ 400 milhões, que praticamente dobrou a capacidade de produção na planta.
Em fase de pré-operação, a San Miguel está montado, a partir da Bahia, um centro de operações para ganhar espaço na Região Nordeste. A fábrica vai gerar 250 empregos diretos, enquanto a rede de distribuição, em sete dos nove estados nordestinos, será responsável pela geração de mais 800 postos de trabalho. No caso do AJE Group, os números de empregos gerados são bastante parecidos.
Além de ganhar espaço como polo para a produção de bebidas, a Bahia começa a vivenciar o adensamento da cadeia. “Estamos produzindo latinhas aqui no Estado. Não dá mais para atender a demanda da Bahia com os produtos de fora", comemora James Correia, secretário da Indústria, Comércio e Mineração. Segundo ele, a inauguração da unidade da Latapack Ball, em Alagoinhas, está prevista para o mês que vem. Além disso, Correia diz que está em fase final a implantação de uma fábrica de latas dentro da planta da Schincariol para atender à demanda da cervejaria.
“A tendência é que haja um aumento nos investimentos, até por uma questão tributária”, acredita Correia. Depois de alguns anos discutindo a implantação do modelo de tributação por preço de pauta, o secretário acredita que a mudança será implementada em breve. “Isso torna desinteressante produzir bebidas em outros estados para vender aqui", explica. “O processo é lento mesmo, é necessário comunicar os estados vizinhos, mas a expectativa é de implantar a alteração ainda este ano”, diz.
Mercado consumidor - O especialista na captação de investimentos acrescenta que os índices de crescimento da região e o aumento do mercado consumidor têm atraído um tipo de investidor bastante interessante para a geração de empregos. “Um investimento de R$ 50 milhões na indústria petroquímica gera dez empregos. No segmento de bebidas, são 200 com o mesmo investimento”, compara Figueiredo. Além disso, ele lembra que a produção de bens finais alimenta a geração de postos de trabalho. “A distribuição supera o que é gerado na produção", diz.
Os novos investimentos na área abriram o mercado para o engenheiro químico Weslley Reis. Depois da experiência em outras empresas, do ramo químico, o jovem de 24 anos ingressou há dois anos na Ambev e se encantou com a possibilidade de crescimento rápido na empresa. Desde que chegou lá, ele conseguiu alcançar duas promoções. “É um segmento que cresce bastante, então sempre existem oportunidades”, acredita. E Weslley pensa em crescer bastante. O ápice? “Eu tenho o sonho de me tornar diretor da companhia”, ri.
A Tarde Online
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