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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Grupos de extermínio aproveitam greve da PM para atuar


Segundo informações da polícia baiana, os milicianos foram responsáveis por 38 dos 157 mortos por homicídio nos 12 dias de paralisação policial na região.

Blindado do exército reforça o patrulhamento de Salvador durante a greve da PM
Blindado do exército reforça o patrulhamento de Salvador durante a greve da PM
A greve iniciada no dia 31 de janeiro pela Polícia Militar no estado da Bahia levou ao aumento de assassinatos perpetrados por grupos de extermínio, revelou neste sábado órgãos da imprensa. Segundo declarações de Arthur Gallas, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil baiano, ao jornal Folha de S. Paulo, "esses grupos estão se aproveitando da greve, que reduziu o patrulhamento, para limpar a área e matar os desafetos".
O agente confirmou que há evidências de que os chamados milicianos, em sua maioria policiais que atuam à margem da lei e ex-agentes, assassinaram 38 dos 157 mortos por homicídio nos 12 dias de paralisação policial na região.
A greve por melhorias salariais começou a perder força há dois dias quando 245 policiais que estavam desde a semana passada dentro da Assembleia Legislativa da Bahia, entre eles os líderes da greve, deixaram o prédio, que estava sob o cerco de 1.000 homens do Exército. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, agentes da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros decretaram, pelo mesmo motivo, greve por tempo indeterminado na madrugada de sexta-feira, a uma semana da abertura do Carnaval.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro, não foram registrados incidentes de gravidade no primeiro dia de paralisação e a adesão à greve foi mínima entre os 70.000 membros das três instituições, que reivindicam reajuste de salários. A baixa adesão diz respeito em parte à aprovação na quinta-feira na Assembleia Legislativa de uma antecipação do reajuste salarial de 39% aos policiais que estava previsto para outubro de 2013, embora os grevistas ainda queiram reajuste maior.
Para atacar o movimento, o comando da polícia deteve 50 policiais que se negaram a trabalhar. Foi ordenada também a prisão dos 11 acusados de organizarem a paralisação, nove deles foram presos. A maioria dos detidos já está em liberdade, mas 17 continuam detidos à espera de decisão judicial.
A seis dias do início do Carnaval, que concentra precisamente no Rio de Janeiro e em Salvador o maior número de turistas, as autoridades intensificam as negociações para normalizar a situação e garantir a segurança da festa popular. Em Salvador, que reúne em seu carnaval cerca de 2 milhões de pessoas e é considerada a maior festa de rua do mundo, foram destacados milhares de militares para reforçar a segurança. No Rio de Janeiro essa iniciativa foi descartada, por enquanto.
Salvador - O enfraquecimento da greve parcial da Polícia Militar na Bahia não resultou em diminuição significativa do índice de homicídios registrados na região metropolitana de Salvador. Apenas nesta sexta-feira foram registrados 12, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, com oito deles na capital. Com os homicídios registrados até esta sexta-feira, chega a 164 o número de assassinatos na região metropolitana, 101 na capital, desde o início da greve. A média de 14,9 homicídios por dia é mais que o dobro da registrada nas semanas anteriores ao início da paralisação, 6,7.
O momento mais violento foi entre os dias 3 e 6 de fevereiro, quando houve 92 assassinatos na região metropolitana - média de 24 por dia. Apenas na sexta-feira, dia 3, houve 31 homicídios. Segundo a assessoria da Secretaria de Segurança Pública, o índice foi o maior já registrado, em apenas um dia, na região metropolitana.
(Com Agência Estado e Efe)

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